Transnordestina planeja terminal de cargas no Sertão Central e projeta 9 mil empregos no ápice da obras

Previsão é de que obra seja concluída em solo cearense, na chamada fase 1, até 2027.

Por Redação GCE . Em 18/01/2024 - 18:48h  |  Atualizado em:  18/01/2024 - 19:02h

Transnordestina planeja terminal de cargas no Sertão Central e projeta 9 mil empregos no ápice da obras
© João Lavor/TLSA
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As obras da Ferrovia Transnordestina continuam seu curso no estado do Ceará, apontando para o ponto final no Porto do Pecém. A expectativa é que as operações da via-férrea tenham início no próximo ano, antecipando-se à conclusão de todos os trechos.

O trecho entre São Miguel do Fidalgo (PI) e o Sertão Central cearense está programado para entrar em funcionamento já em 2025, operando o transporte de cargas e contando com um terminal para descarga de materiais no Sertão Central. Prevê-se a geração de aproximadamente 9 mil empregos diretos e 45 mil indiretos durante o pico das obras, conforme anunciado por Tufi Daher Filho, diretor-presidente da Transnordestina Logística S.A. (TLSA), em entrevista ao jornal Diário do Nordeste. O gestor destaca que as operações começarão de forma experimental.

A TLSA já concluiu os lotes 1 (Missão Velha — Lavras da Mangabeira) e 2 (Lavras da Mangabeira — Iguatu) no primeiro e segundo semestres de 2023, respectivamente. Atualmente, o lote 3 (Iguatu — Acopiara) está em construção, com previsão de conclusão até meados de fevereiro deste ano.

Na última terça-feira (16), a Marquise Infraestrutura venceu a disputa para iniciar as construções nos trechos 4 (Acopiara — Piquet Carneiro) e 5 (Piquet Carneiro — Quixeramobim). As obras devem começar em março, com uma estimativa de conclusão em menos de dois anos, gerando até 1.300 empregos diretos ao longo das cidades por onde passará a construção.

A responsabilidade da Marquise abrange os lotes 1, 2 e 3, enquanto a licitação do trecho 6 (Quixeramobim — Quixadá) está em processo final. As obras nos três trechos serão conduzidas simultaneamente, cobrindo pouco mais de 150 quilômetros entre as cidades do Sertão Central.

Os investimentos na Ferrovia Transnordestina são bilionários, especialmente nos trechos cearenses. Dos 527 quilômetros no território cearense, 26,3% da obra já foram executados, representando 138 quilômetros. Os 389 quilômetros restantes, principalmente entre Acopiara e o Porto do Pecém, estão estimados em R$ 6,5 bilhões, excluindo os investimentos em infraestrutura portuária.

Tufi Daher Filho destaca que, até meados de 2027, a obra deve estar concluída até o Porto do Pecém, representando um investimento total de R$ 8,5 bilhões. Até o momento, R$ 811 milhões foram liberados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, com a expectativa de mais R$ 2,5 bilhões em 2024, provenientes do FDNE e de empréstimo junto ao BNDES, acelerando a conclusão dos trechos pendentes.

A TLSA já investiu R$ 4 bilhões nas obras, visando um início operacional pleno em 2027, facilitando o transporte de grandes volumes a custos competitivos. A conclusão da Ferrovia Transnordestina marcará uma nova fase de desenvolvimento econômico para a região, impulsionando indústrias, empresas e a geração de empregos.